quarta-feira, 5 de agosto de 2009

João Fernandes x Deka May

Um das grandes polêmicas da sessão da Câmara de Vereadores de Tubarão, na segunda-feira (3/8), foi o pedido de retratação feito pelo presidente da casa João Fernandes (PSDB). Ele quer que o vereador Deka May (PP) se retrate por declarações feitas em entrevista ao jornal Diário do Sul no dia 11 de junho.

Se o pedido foi feito por meio de requerimento eu não sei dizer, pois não aparece na ata repassada pela assessoria de comunicação. Também não posso afirmar que isso seria motivo para Deka perder o mandato por falta de decoro. O que sei é que Fernandes anda reunindo material para levar adiante o confronto com o vereador pepista.

Abaixo publico trechos da entrevista de Deka, que devem ser o motivo do pedido do presidente da Câmara.

“Temos que diminuir despesas da Câmara” (entrevista na íntegra)

Diário do Sul - O senhor tem sido um dos vereadores mais combativos ao presidente da Câmara, João Fernandes. Por que há tantos embates?
Deka - Veja bem, eu não tenho nada contra a pessoa dele, aliás, pra te ser sincero acho que eu nem o conheço direito. Ele é uma incógnita! Meu posicionamento é apenas relativo às atitudes. Respeito as pessoas, seja lá quem for. Só não suporto _ ou melhor, ignoro _ gente arrogante, vaidosa, pessoas vingativas que se valem da grosseria para conseguir seus objetivos. Fala demais, ouve de menos, e entende menos ainda. E mesmo assim o sujeito ainda acha que sabe tudo. Pra mim tem sido um verdadeiro exercício de paciência. Infelizmente, por força das circunstâncias, tenho que conviver com isso.

Diário do Sul - Como o senhor avaliou a derrota na eleição para a presidência da Câmara, mesmo com a base aliada tendo seis dos dez vereadores?
Deka - Eu não saí derrotado porque honrei minha palavra com o prefeito Manoel. Estarei sempre de cabeça erguida e consciência tranquila. Mas nem tudo são flores e eu, infelizmente, estou pagando um preço enorme por ter sido fiel e correto. Há momentos de extrema humilhação superados apenas por minha natural resignação. O fato é que seis vereadores haviam se comprometido com o prefeito Manoel, cinco honraram a palavra e um não. Infelizmente, covardes e traidores infectam uma boa parte da história humana. Só sei que minha palavra não tem preço. Não há acerto, esquema ou dinheiro que compre. Alguns não resistem ao canto da sereia.

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