terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ninguém responde, ninguém cobra

O caso envolvendo Ricardo Cipriano Diomar aconteceu no dia 28 de agosto. Neste dia ele foi internado no hospital em estado grave. A suspeita era de espancamento por policiais militares. No dia 7 de setembro Diomar faleceu e desde então familiares, comunidade e a sociedade de Tubarão aguardam por um esclarecimento.

O que realmente aconteceu naquela noite? Ricardo fez algo de errado? A PM abusou da força? Não consigo entender o motivo que faria uma pessoa ser agredida ao ponto de morrer por causa disso. Não consigo entender porque este assunto não é esclarecido. E mais ainda não consigo entender porque as autoridades competentes não se interessam em esclarecer o que aconteceu.

Da prefeitura eu não vi nenhuma manifestação cobrando uma definição para o caso. Ou será que o prefeito não tem como cobrar tanto da Policia Militar como da Civil que o caso seja esclarecido? Ele não pode intervir, mas pode cobrar.

Dos vereadores também não vi nada. Eles também não podem intervir nas investigações. PM e Civil tem autonomia para investigar, mas os vereadores podem cobrar, se manifestar nas sessões, pedir providências. Mas não fizeram.

E o Conselho Municipal de Segurança? Será que este assunto não merece ser discutido pelo Conselho?

Será que se o problema tivesse ocorrido num bairro mais conceituado da cidade, ou então com alguém de uma família mais conhecida teria o mesmo tipo de atitude?

Mas como foi no Beco do Quilinho, um lugar já conhecido pelos problemas de segurança, parece que não merece a mesma atenção.

Nossa cidade tem que ser boa e segura para todos. Para quem mora no Centro, na Vila Moema, na Passagem, no São Martinho, no Humaitá, no Morrotes e no Beco do Quilinho.

Amanhã completamos dois meses do início do caso. Também completaremos dois meses de dúvidas, incertezas e principalmente descaso. Espero que acabe logo, pois já demorou.

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