terça-feira, 16 de março de 2010

Confisco que mudou atitudes

Nos últimos meses estão sendo lembrados alguns fatos que fazem parte da história democrática do Brasil. Por exemplo, em dezembro completamos 20 anos da eleição direta do presidente Fernando Collor, a primeira depois de quase 30 anos. Ontem (15/3) completamos 25 anos da redemocratização e 20 anos da posse de Fernando Collor e hoje, 16 de março, é o aniversário de 20 anos de uma das mais polêmicas medidas deste ex-presidente: o confisco das contas bancárias.

Quem não lembra, pergunte aos mais velhos sobre o que aconteceu em 20 de março de 1990. O então presidente Collor e a recém empossada ministra da Economia Zélia Cardoso de Mello anunciavam o Plano Collor, numa tentativa de conter a superinflação.

Oficialmente chamado de Plano Brasil Novo, o pacote econômico ficou na memória por causa do bloqueio do dinheiro da população. Em muitos casos, economias de uma vida inteira ficaram congeladas no Banco Central.

Com a medida, todos os depósitos das contas correntes, das cadernetas de poupança e do overnight, uma aplicação financeira da época, acima de CzN$ 50 mil foram congelados por 18 meses. Em valores atuais, corrigidos pelo IPCA, isso seria algo em torno de R$ 5,8 mil. A promessa era de devolver tudo corrigido, mas na prática só a metade retornou.

Mas o que para muitos foi um grande absurdo, o Plano também ajudou a mudar a atitude das pessoas. Ao invés de só poupar, muitos passaram a buscar novos investimentos e com isso, novos negócios foram surgindo, mais empregos e mais desenvolvimento. De qualquer maneira, o Brasil mudou naquele 16 de março.

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Há 20 anos, governo Collor anunciava confisco de parte das contas correntes e da poupança

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